Meu desejo de dar à luz a uma menina era tão grande que ao
fazer as ultra-sonografias não quis saber o sexo do bebê que aguardava. Pensava
que se fosse um menino a frustração seria grande e assim esperava a surpresa
para o momento do nascimento.
Mas já me comunicava com ela. Deitada no sofá conversava com
aquele serzinho que se formava pedindo para que mexesse do lado direito se
fosse uma menina e do lado esquerdo se fosse um menino.
Durante nossas conversas enquanto eu acariciava a minha
barriga ela mexia do lado direito. A certeza de que a Clara estava a caminho ia
se fazendo presente.
No dia 15 de Janeiro de 1990 ela chegou. Ao contrário da
maioria das mães não verbalizei que era linda ou coisa parecida. Disse para o
Léo: “Ela parece uma velhinha”.
Lembro da Dra. Rosa, minha obstetra, no dia seguinte ao seu
nascimento dizendo que aquele parto foi cercado de uma vibração muito positiva
e que algo lhe dizia que seríamos grandes amigas.
Nesses 23 anos de convívio, de troca de aprendizagens, posso
afirmar que aprendi mais do que ensinei. Minha vida tem o antes e o depois da
Clara.
Obrigada filha por iluminar com a sua alegria o meu caminho.
Obrigada por colaborar para que eu me tornasse uma pessoa
melhor.
Que o “azul” seja a paleta predominante no colorido do seu
novo ano.
Feliz aniversário!
Para não esquecer nosso código: “Eu te amo daqui a lua dez
vezes ida e volta”.
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