Blogagem coletiva proposta pelo Blog Mãe é tudo igual
A brincadeira que não tem graça
Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias. (...)
DREYER, Diogo. A brincadeira que não tem graça. Portal Educacional, 2005. Disponível em:
http://www.educacional.com.br/reportagens/bullying
Uma experiência pessoal
Entrei para o antigo ginásio com 10 anos numa época em que a média de idade para ingresso no curso ginasial era de 14 anos.
Era uma menina pequenina, tímida e completamente desenturmada dos colegas de classe.
Com 11 anos mestruei e os seios começaram a se formar. Daí começou o meu tormento, as meninas do 3º ano, a maioria já com 17/18 anos, diziam que eu colocava algodão para preencher o soutien.
Naquela época nem se ouvia falar de bullying, as pesquisas psicológicas ainda engatinhavam, mas eu sofria calada e sentia-me totalmente discriminada naquele meio.
No 2º ano tive um péssimo desempenho, dizia para minha mãe que não gostava daquela escola nem dos colegas de classe, mas ela não entendia o porquê dessa minha queixa.
Final do ano, reprovação. Eu que tinha sido uma aluna excelente no curso primário, sempre entre os melhores da classe, tanto que a professora do 4º ano aconselhou a minha mãe que me inscrevesse no concurso, mesmo sem ter feito o preparatório de admissão, deparei-me com uma das primeiras decepções da minha vida.
Mamãe acordou para a minha queixa e transferiu-me de escola.
Mesmo como repetente era a mais nova da sala de aula, porém os colegas eram de outro nível. Ali fiquei até o término do Curso Científico.
Com o conhecimento que temos hoje posso afirmar que fui uma vítima de bullying que felizmente não me deixou marcas profundas.
Como afirmou Diogo Dreyer, bullying é a brincadeira que não tem graça.
15 comentários:
Regina, muito obrigada pela sua participação. Seu texto mostra como o bullying pode atrapalhar a trajetória de uma criança e deve ser combatido por todos nós. Se puder apareça no blog hoje e confira a lista com todos os participantes.
Beijo
Olá Regina
Passei para ler sua participação na blogagem. Estou também participando e pela segunda vez, pois vejo cada vez mais, como terapeuta de família, agravantes deste comportamento no contexto familiar.
Parabéns pela sua participação
Regina
Muitos já entenderam que a internet pode disseminar rapidamente uma informação e que os blogs tem papel relevante nisso. Não é só como opinião. Os blogs tem influência. Divulgar um tema tão importante e necessário como o Bullying - como uma forma de abrir ao entendimento para quem ainda não se aprofundou na questão - é essencial. Parabéns pelo post e por sua participação, trazendo para nós, este relato pessoal.
Abraços
Oi Regina, com certeza muitos d enòs sofremos no passado algum tipo de bullying, eu lendo seu post me recordei de situaçoes que sim era bullyismo.
Muito bom esta coletiva para colocar o assunto em pauta, esclarecer, discutir e quem sabe consigamos pelo menos abrir olhos de pais e ensinantes.
Tb participei da Blogafe.
Bjs
Meire
Acho que o problema se tornou crescente por isso a evidência, pois se cresce a violência no mundo adulto, a violência na esfera infanto-juvenil cresce na mesma proporção, infelizmente!
Pra você ver como são as coisas! Você era para ser admirada e protegida por ser a mais nova da turma e os mais velhos se aproveitaram da sua fragilidade. Beijus,
Passei para ler sua participação.
O principal alerta é para os pais, que devem sempre ouvir seus filhos, e percebê-los sempre né? Por mais que não deixe marcas, deixa recordações. E isso já traz sofrimento.
Parabéns pelo depoimento.
Bjs
Regina,
Muito importante você dar seu depoimento pessoal. Isso estimula as pessoas que já sofreram bullying a fazer o mesmo. Dessa forma, o problema ganha mais visibilidade ainda e a sociedade se mobiliza efetivamente.
Também estou participando desta coletiva. Se você puder, passa lá no meu blog para conferir.
Abraços.
Se hoje é o dia de debatermos o tema bullying, então eu vim participar.
Pois ele tem suas diversas manifestações, que precisam ser observadas.
Algumas atitudes e comportamentos são comuns de um estudante vítima de bullying.
Venha ver as demais no meu blog interação de amigos.
http://sandrarandrade7.blogspot.com
Estou tbém participando.
Vamos todos lutar por esta causa.Vamos dizer não.Temos que lutarmos contra o tempo. Muitas coisas ruins já estam acontecendo.
Muitos ainda estam cegos..Outros não querem se envolver. Mas nós podemos fazer a diferença..Divulgando e lutando..
A batalha é nossa, não podemos perdê-la.
Carinhosamente,
Sandra
Olá...
Gostei doq escreveu!! Realmente um relato pessoal dá um certo enfase...
Bullying anda taao famoso que as pessoas ate falam dele com a maior boca cheia. nossa...
Ah, passe no meu blog tb a veja a minha participaçao!
O fato de algo assim sempre ter existido, mesmo que não tivesse nome oficial, não significa que devemos aprovar. Ninguém tem o direito de estabelecer padrões e humilhar as pessoas. Eu acredito que juntos podemos mudar. Quem consegue mudar uma pessoa poderá mudar o mudo, pois o efeito dominó que uma pessoa pode causar em outra e em outra é infinito e pode ser grandioso, mesmo que não seja tão imediato.
Aline
Regina, que bom que você falou sobre isso. Também passou com coiss assim e bem parecida com a sua. Esss coisas podem deixar mrcas profundas nas pessoas,
Um beijao
Regina,
Gostei desta definição: a brincadeira que não tem graça, é justamente isto que o bullying é. Também sofri em tempos de escola, e só quem passou por iso sabe como é difícil.
Grande abraço, e parabéns pela participação.
Também passei por essas brincadeirinhas quando criança. Minha miopia me exigia um óculos "fundo de garrafa" que era motivo de chacota dos colegas.
Parabéns pela abordagem do tema e do seu depoimento.
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