sábado, 22 de novembro de 2008

Para Val e Célio




O ano era 1981, nos conhecemos na sala de aula do “Curso de Especialização para o Magistério Superior”.

Logo nossas afinidades nos aproximaram e formamos um grupo de estudos. Eu, Val, Francisca, Regina Célia, Célio e Edson.

Tínhamos aulas aos sábados de 8 às 17h e a hora do almoço era uma festa.

Nossos pratos eram compartilhados por todos e ao final havíamos comido de tudo.

Voltávamos para a sala de aula cansados, com sono e ali os profissionais que já éramos cediam espaço para os alunos que naqueles dias nos tornamos. Escusado dizer que a “bagunça” era boa.

Convivemos durante 12 meses neste clima de estudo, trabalhos escolares e muito companheirismo.

Continuamos a manter contato por telefone, por cartas já que alguns voltaram aos seus estados originais.

Nestes 27 anos dois já partiram: A Chiquinha, que era nosso super ego e o Edson que era o mais “light” do grupo. Com a Regina Célia perdemos o contato, mas com a Val e o Célio não desatamos nossos laços.

Ontem estava procurando um livro na minha estante e encontrei o livro que o Célio escreveu: “Penitência de um Sonhador”, no qual ele publicou uma poesia que fez para mim.

Vou transcrevê-la como resgate de um período tão enriquecedor em nossas vidas e que deixou marcas muito positivas.

Abraços para vocês, amigos!

REGINA

Reservo-me o direito de conjugar o seu verbo.

Só eu conheço bem:

Seus gostos

Seus amores

Suas explosões.

Atrás destes olhos negros assustados,

Esconde a mais terna criança.

Atrás destas feições, às vezes indiferente

Oculta a mais sensível das mulheres.

Titubear diante do seu olhar penetrante

Da sua firmeza

E de suas convicções, é um tanto fácil.

Embora (quando em vez) enganem até os deuses

Esta sua dureza estatular.

Não sabem eles que o magnetismo da sua força de persuasão

E o feitiço envolvente do charme que você emana, é tão

Abrangente como o ar.

E a estátua de curvas delineadas, cabelos pretos, meiga e

Graciosa, pensa, fala, anda, se derrete ouvindo uma canção

De amor.

Perdoe este amigo que assim a vê, e, que a si reservou a

Exclusividade de conjugar o seu verbo:

REGINEI, REGINO E REGINAREI.

Célio Rodrigues Alves

Um comentário:

Unknown disse...

É Ré, você acaba de me fazer relembrar pessoas, tempo, traquinagem, rsrsrsrs, trabalhos... que saudade! de tudo e de todos. Certamente esse tempo não voltará jamais, mas nunca será esquecido.
Obrigada pela homenagem, pela lembrança. E ainda tenho esperança de te encontrar.
bjitos
Val.