O barbeador de papai
Ao entrar em uma farmácia para comprar um “Melhoral” meus
olhos se fixaram em um pequeno estojo de aparelho de barbear. Comprei-o e presenteei
meu pai. Ele me deu um beijo, agradeceu e guardou-o na gaveta da cômoda de seu
quarto.
Não teve tempo de usar. Três dias após ele partiu.
De repente me lembrei desse pequeno objeto, guardado na
minha caixinha de afetos durante tantos anos.
Convivi com meu pai apenas 21 anos, mas tempo suficiente
para absorver sua ética, sua indignação diante das injustiças sociais, seu
carinho pelos desfavorecidos social e economicamente e sua maneira delicada de
presentear sempre acrescentando algo afetuoso ao objeto ofertado.
Saudade de você, pai.
2 comentários:
Que lindo post e quem não lembra desses aparelhos deles? Adorei e que saudade,né? beijos,chica
Deixa-me emocionado, amiga. Lembro-me do meu queridíssimo papai. Um abraço fraterno.
Leandroderecife.
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