terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Erotismo na Cidade

Mãos vazias

Quero um poema puro, um poema duro,

Um poema grito.

Quero um poema estrondo, um poema urro,

Um poema bramido.

Quero um poema guerreiro, um poema aguerrido,

Um poema combate.

Quero um poema bomba , que tudo destrua,

Que tudo arrase…

….

E quero caminhar sobre as cinzas,

E descobrir os meus pedaços,

E reconstruir o presente,

E soltar o meu grito de combate:

Eis-me!

Dura, inteira, guerreira!

Eis-me!

Caneta-arma,

Caneta-amor!

Soltando o meu poema duro,

Cantando e chorando a dor.

Gritando o meu poema urro,

Entoando cantos de amor.

E dando-me em cada verso.

E entregando-me em cada poesia.

E ficar só…

Tão só no fim do poema,

Estendendo as mãos vazias.

Encandescente, Erotismo na Cidade

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