O homem debaixo do banco
Mendigando
Sujo e caduco
Segue andando
Com muito pouco
O vagabundo
Na praça, debaixo do banco
Vigiado pelo herói de bronze
Dorme tranqüilo o saltimbanco
Por horas: nove, dez, onze...
E eu, passando admirado
Vejo-o ali, jogado
E recordo que não me lembro mais
Quando dentro do meu sobrado
Dormi com tanta paz
André Al. Braga
3 comentários:
Oi Rê,
Gosto de passear no seu Canteiro pois sempre encontro autores novos.
Poesia de grande sensibilidade.
abs.
Interessante que hoje pela manhã pensava sobre isso quando passei e vi um velhinho dormindo embaixo de um viaduto.
Parabéns pro poeta que retratou com tanta sensibilidade esse problema dos nossos tempos.
Vlw Regina pela consideração e pelo carinho!
Bjs
André Al Braga
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