Nunca havia pensado na beleza da expressão: “Fulano nem deu o ar da graça”, usada para reclamar a ausência de alguém. O que percebi é que essa não é uma cobrança qualquer. Num mundo de (des)graças cotidianas, queremos uma aparição cheia de graça. Ansiamos por pessoas que saibam nos encantar, que sejam leves e surpreendentes, como um jardim de Monet. Ruidosamente, meu coração me acalanta: cobrar a graça das pessoas é uma síntese da nossa opção pelo bem, é continuar a ter esperança na humanidade.
Larissa Santos Pereira
Imagem: Adolphe-William Bouguereau
Ao refletir sobre a prosa da autora recordei de quantas pessoas vamos perdendo pelo caminho pela falta de tempo, pelo comodismo de deixar para depois o alô, o chamego, o afeto.
Daqui pra frente cobrarei o ar da graça dos que me aconchegam o coração e prometo dar o ar da minha graça mais vezes procês.
2 comentários:
Pronto, dei um ar da minha graça, aliás andava com saudade de passear nesse jardim.
Abs.
OI Regina, tô dando o ar da graca, rs.
Obrigada por me enviar a listinha da tua filha. Podta aqui no blog. Achei o máximo.
Ela deve ter crescido com muitos valores.
Um grde beijo
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