quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fábula da Convivência

Na conhecida fábula do filósofo Arthur Schopenhauer, um grupo de porcos-espinhos ia perambulando num dia frio de inverno. Para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Para fazer cessar a dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. E o ciclo se repetia, numa infindável luta para descobrir uma distância confortável entre o frio do afastamento e a dor da união. Estarão os seres humanos destinados a encontrar complementos perfeitos no amor? Ou seríamos mais parecidos com os porcos-espinhos, acotovelando-nos na eterna busca de um lugar entre o envolvimento doloroso e o isolamento sem amor?


Os porcos-espinhos de Schopenhauer: a intimidade e seus dilemas - cinco histórias de psicoterapia, Deborah Anna Luepnitz; Ed. José Olympio

Refletindo:

*Até que ponto nossos espinhos estão a ferir nossos companheiros?

*Estamos mantendo uma certa distância com o objetivo de respeitarmos o espaço do outro e não o sufocarmos?

Um comentário:

Anônimo disse...

Mto interessante o seu Blog CANTEIROS !!! Tb postei algo sobre A FÁBULA DA CONVIVÊNCIA no Blog SUBSISTEMAS PSÍQUICOS ! Vários outros posts seus tb são mto inteligentes e divertidos !!! E a foto, então, divertidíssima, lúdica, engraçada :-) PARABÉNS !!!