Somos todas mulheres com bolsas
Ou estamos ficando assim.
nada dura
nem o amor
nem o amado
nem a esperança.
Até as montanhas
desmoronam
só o oceano espera
pelo nosso pranto.
Bolsas de memórias
contam-nos quem fomos
antes de sermos sábias.
As bolsas nos pesam.
Carregando aonde vamos
nossas perdas, tropeçamos
agarradas a essa não- liberdade
que protegemos de todas as ameaças
ou promessas
pois são tudo o que temos
pois são tudo o que sabemos
pois são tudo o que somos.
Ruth Harriet Jacobs, in “Quando envelhecer vou usar PÚRPURA” ,organização de Sandra Haldeman Martz , tradução de Lya Luft
* Há muito tempo procuro esse livro, encontrei-o há pouco em um sebo. Vou começar a treinar pois eu também vou usar púrpura.
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