terça-feira, 29 de setembro de 2009

Poema feminista

Imagem: Abellán Dia de Praia


Amigas,
Livres e dignas,
Anti-sexistas,
Antipatriarcais,
Coração não tem dono,
Pois, vocês
Não são adornos,
Bichinhos,
Bonecas,
Fantoches,
Nem marionetes.

Vocês podem ter,
Sim, proprietários
Amorosos,
Pois corações têm Amantes,
Mas nunca Senhores.

Seus corações amam,
Logo, tem Amados,
Amados-Amantes,


Amantes-Amados,
Mas nunca arrogantes,
Nem tiranos,
Nem prepotentes,
Nem Soberanos
(Pois Iguais),
Nem déspotas,
Nem Generais
Mandantes
Unilaterais,
Nem Juízes
Parciais,
Nem violentos,
Nem agressores,
Nem "cabeças"
(Pois parceiros,
Amáveis cúmplices),
Nem algozes
Cruéis,
Nem Brutamontes
Duros,
Pois são flores,
São rosas,
São Mães,
São esposas,
São carinhosas,
São pacifistas
Antibelicosas,
São trabalhadoras,
São Filhas,
São Pessoas,
São Irmãs,
São Avós,
São Netas,
São Cidadãs,
São Tias,
São Sobrinhas,
São gentis,
São Primas,
Não são feras,
São eco-lógicas,
São mais carinho,
São mais afetos,
São mais sentimentos,
São mais compaixão,
São mais tolerância,
São mais condescendência,
São mais perdão,
Sem perder a sabedoria,
Dos momentos
Das firmezas
E das energias.

São militantes,
Educadoras
Anti-preconceitos,
Femininistas,
E tem, como aliados,
Os masculinos
Anti-machistas
Na sua luta
Pela autonomia,
Pelos direitos
Iguais femininos,
Na Vida,
Nos Trabalhos,
Às Felicidades,
E nos Amores,
Sabem melhor
Das dores
Das lágrimas
E da gargalhada,
São, do Amor,
Sacerdotisas,
Muitas, por tudo isso,
São pela social
Justiça,
Da Igualdade
Radical
E da vera Solidariedade,
São democratas
Socialistas
E comunistas,
Como Rosa
Luxemburg,
Vera Zasulicht,
Alexandra
Kollontay,
Nadezhda
Krupskaya
(Nadja),
A Educadora
De quem Lênin
Foi marido,
Olga
Benário,
Pagu
E constelações
Outras.

Gabriel da Fonseca



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