quinta-feira, 2 de julho de 2009

Poesia no Metrô


Saída do Metrô no Largo do Machado, 17h de 5ª feira. Um jovem senhor anuncia seu produto: “Compre poesia, basta uma moedinha.“ Observei que as pessoas passavam depressa sem se quer olhar para o lado, andei um pouco a frente, abri a bolsa, retirei uma nota de R$2,00 e entreguei ao poeta. Recebi uma folhinha xerocada e um sorriso acompanhado de uma lamúria: “Às vezes penso em desistir, será que vale a pena?”

Respondi-lhe como Pessoa: “Tudo vale a pena se alma não é pequena”.


Sem Deus é assim!

As vezes,

fico parado,

pensando:

O que eu faço da vida?

Outras,

eu,

as vezes,

superior,

digo:

Tudo bem!

E lá vou eu.

De repente,

lembro-me das coisas do passado,

daquelas que deixei de fazer;

choro,

me sinto vazio,

distante,

e me pergunto:

Quem sou eu?

E as vezes até lembro de Deus.

Então eu juro.

Prometo.

Mas...

Quando eu volto a minha realidade existencial,

lá vou eu de novo,

sonhos,

ilusões,

frustrações,

sempre prometendo um dia melhorar,

recomeçar,

mudar,

e o tempo passa....

poetapeixoto@yahoo.com.br

3 comentários:

Andréa disse...

Ter vontade de chutar o balde é um sentimento normal que acho que todos temos em algum momento. O importante é persistir. Com todas as dificuldade, persistir. Desistir jamais ! Bjs !!

Maria Thereza Freire disse...

É isso aí Andréa...
Se começarmos a chutar SEMPRE os baldes...a vida vai para o brexo!
E pior, sem volta!
Amei Rê, beijos

AMARIS disse...

Talvez as pessoas prefiram comprar remédios nas farmácias, pra diminuir o stress, porque pensam que poesia não faz nada. Segundo Leminsky, "Graças a Deus, não serve pra nada"...e que bom seria
parar e comprar um nada no meio de uma cidade gigante e, ler e sorrir
este nada, sem ter que dar satisfação ao mundo do porque a poesia faz tão bem sem servir pra nada...

Beijo, amiga, quer uma poesia pra voce?