“Era uma vez um gatinho.
Gatos são animais nobres.
Felinos.
Primos dos tigres, dos leões, das onças.
Velozes, silenciosos, macios, elegantes.
Símbolo da magia – toda bruxa tem um gato, preferivelmente negro.
Símbolo daquilo que fascina e atrai. Um homem bonito, amado pelas mulheres, é um
“gato”. Uma mulher bonita, amada pelos homens, é uma “gata”.
Os gatos como todos os felinos são caçadores.
Gatos caçam peixes, ratos e pássaros.
Um peixinho bobo, na superfície do tanque,
um passarinho distraído, comendo quirera,
um ratinho molenga, passeando pela casa,
e era uma vez um peixinho, um passarinho e um ratinho...Viraram comida
de um gato.
Assim, são os gatos, caçadores carnívoros. Eles desprezam os coelhos – animais do mesmo tamanho, só que nem são caçadores, nem carnívoros. Coelhos comem cenouras. Os gatos odeiam cenouras. Para os gatos, quem como cenoura é ruim da cabeça. Os coelhos devem ser doidos....”
Rubem Alves, In O gato que gostava de cenoura.
Sou admiradora da obra do Rubem Alves e este livro infantil encantou-me pela sensibilidade e poética com que trata de uma questão tão sensível, as diferenças na sexualidade.
Obra que deve fazer parte de toda biblioteca infantil.
Casa de Rubem Alves: http://www.rubemalves.com.br/
5 comentários:
Leia o texto dele publicado ontem na Folha de S. Paulo, se puder.
Chama-se "O direito ao corpo".
Alguns pensarão que é tétrico, mas não. É sábio e corajoso. Como ele.
Bjs
Oi, para marcar presença, deixo o meu beijão !!!
Esse texto é mesmo como você falou: lindinho! Até imprimi para mim, achei muito legal. Beijos!
Querida Regina, que texto mais sensível! Respeitar as diferenças, sejam elas em qualquer situação, não só em questão de sexualidade, é essencial para vivermos em sociedade, mesmo porque, são as diferenças que nos fazem assim tão especiais. Obrigada por ter lembrado de mim. Fiquei bem feliz e foi com alegria que vim até aqui comentar este texto.
Um grande beijo no teu coração.
o texto pode tratar de n coisas, não necessariamente homosexualidade galerê
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