terça-feira, 2 de junho de 2009

Para Chico Buarque de Hollanda

A Carolina, de olhos fundos,
ficou na janela,
enquanto estava à-toa na vida
perdeu algum tempo ao ver a banda passar.
Quem não soube correr atrás do vento
acabou bebendo a tempestade
encurtando o vestido de quem se dedicou a ficar
parada, pregada, na pedra do porto.
Sem coragem para enfrentar o perigo
alguns se limitaram a jogar pedra na Geni
E o pedaço arrancado de mim dói tanto
quanto a saudade do revés de um parto.
Mas... tudo se resolve quando...
A mulher amada é cantada na semente
Naquele dia em que ele vem, tão diferente,
Num seja lá o que for que dá dentro da gente...
Neste cantar Severino
Navegando mesmo quando não é preciso...
Que, finalmente,
o mundo compreende, e o dia amanhece... em Paz.
Glenda Maier

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